Também conhecida como cana-de-macaco, cana-mansa, periná, pobre-velha, canafista, canarana, cana-do-mato, heparena, ubacaiá, jacuacanga, caatinga, cana-branca, paco-caatinga, pacová.
Características: Planta perene, rizomatosa, ereta, não ramificada, forma de touceiras,1 a 2 metros de altura, nativa de quase todo Brasil, principalmente Mata Atlântica e Amazônica. Folhas de 25 a 45 cm de comprimento, alternas, espiraladas, membranáceas e de bainhas papiráceas. Inflorescência em espiga estrobiliforme, com grandes brácteas vistosas de cor vermelha que protegem as flores de cor amarelada ou rósea. Multiplica-se por sementes ou rizomas. Preferência por solos férteis e úmidos¹,².
Uso popular: Muito utilizada pela medicina tradicional da região Amazônica, segue ainda sem evidências científicas de seus efeitos. São atribuídas a ela propriedades depurativas, adstringente e diurética. Informações etnofarmacológicas registraram uso das raízes e rizomas como diurético, tônico, emenagogo e diaforético, enquanto o suco da haste fresca diluído em água tem uso contra sífilis, nefrite, gonorreia, problemas de bexiga, diabetes e picadas de insetos. Externamente, em forma de decocção, é empregado para tratar úlceras e aliviar irritações vaginais e leucorreia. Nas Guianas o decocto da planta inteira é utilizado para disenteria, cólicas, como carminativa e laxante¹.
As folhas ou raízes podem ser usadas sob forma de infuso no vinho, no combate a diarreia e gastrenterite (20 a 50 ml ao dia), enquanto o infuso ou decocto de toda planta, a 5%, é empregada como litagoga, diurética e combate a anemias (2 a 3 xícaras ao dia)².
Composição química - Foram registradas a presença de inulina, ácido oxálico, taninos, sistosterol, saponinas, mucilagens e pectinas¹.
Referências
1. LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª edição. Nova Odessa, Brasil: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008.
2. GRANDI, Telma Sueli Mesquita. Tratado das plantas medicinais: mineiras, nativas e cultivadas. Adaequatio Estúdio, p. 1076-1077, 2014.
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