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Carqueja - Baccharis trimera Spreng.

Atualizado: 6 de set. de 2020

Também conhecida como carqueja-do-mato, bacárida, bacórida, cacália, condamina, carqueja-amarga, carque, vassoura, vassourinha.



Características botânicas: subarbusto perene, ereto e muito ramificado na base, com ramos verdes e trialadas. Nativa do Sul e Sudeste do Brasil e atinge 50 a 80 cm de altura. Inflorescência em capítulo, ao longo dos ramos e de cor branca¹.


Uso popular:Planta utilizada há séculos pelos povos indígenas para tratamento de doenças. Seu primeiro registro escrito é datado de 1931, utilizando-se as folhas na forma de infusão para tratamento da esterilidade feminina e da impotência masculina, atribuindo a ela propriedades tônicas, febrífugas e estomáquicas. Passou a ser empregada também para problemas hepáticos, contra disfunções estomacais (fortalecer a digestão) e intestinais (vermífugo), tratamento de úlcera, diabetes, malária, anginas, anemia, diarreia e garganta inflamada¹.


Estudos científicos: Em 1986, um estudo realizado em animais, utilizando seu extrato aquoso cru, revelou efeito hepatoprotetor². Outro estudo realizado em ratos mostrou que a planta reduziu a secreção gástrica e teve um efeito analgésico, sugerindo propriedades digestivas, antiúlcera e antiácida³. Em 1967 um estudo clínico, utilizando extrato desta planta apontou redução dos níveis de açúcar no sangue4.


Uso regulamentado: Para tratamento de dispepsia (Distúrbios da digestão)5.


MODO DE USAR:

Infusão de 2,5 g (2,5 colheres de chá) das partes aéreas em 150 mL (xícara de chá) de água. Utilizar 1 xícara de chá de 2 a 3x ao dia. Não utilizar por mais de 2 semanas5.


CUIDADOS NO USO DESTA PLANTA

Não utilizar em grávidas, pois pode promover contrações uterinas. Evitar o uso concomitante com medicamentos para hipertensão e diabetes. 

O uso pode causar hipotensão (queda da pressão)5.

Referências

1.LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª edição. Nova Odessa, Brasil: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008. Páginas 120-121.

2.Soicke, H., & Leng-Peschlow, E. (1987). Characterisation of flavonoids from Baccharis trimera and their antihepatotoxic properties. Planta Medica, 53(01), 37-39.

3.Gamberini, M. T., Skorupa, L. A., Souccar, C., & Lapa, A. J. (1991). Inhibition of gastric secretion by a water extract from Baccharis triptera, Mart. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 137-139.

4.Xavier, A. A., Peckolt, O. L., & Canali, J. (1967). Effect of an extract of Baccharis genistelloides Person on the glucose level of the blood. Comptes Rendus des Séances de la Société de Biologie et de ses Filiales, 161(4), 972.

5. BRASIL; MINISTÉRIO DA SAÚDE DAGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução de Diretoria Colegiada: RDC nº. 10, de 9 de março de 2010. Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2010



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