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Cúrcuma - Curcuma longa L.

Atualizado: 23 de mai. de 2021

Também conhecido como açafrão-da-índia, açafrão-da-terra, açafroa, batata-amarela, gengibre-dourada e mangarataia.


Características botânicas: Curcuma longa é uma planta herbácea, perene, caducifólia (perde suas folhas quando secam, sendo este o momento em que devem ser colhidos os rizomas). Após a coleta uma parte dos rizomas deve ser replantado para a propagação da espécie. São cultivadas em Florianópolis duas espécies: Curcuma longa (flores brancas amareladas, rizomas alaranjados e folhas com nervura central púrpura) e Curcuma zedoaria (flores róseas, rizomas brancos que escurecem por oxidação ao serem cortados e folhas coma nervura central escura.)

Uso popular: Planta consumida como condimento e corante de alimentos em todo o mundo. O açafrão é considerado tônico estomacal que estimula as secreções digestivas e facilita a digestão, auxiliando na flatulência e na motilidade gastrintestinal, além de ser um tônico biliar e protetor hepático.

Informações científicas: Nos últimos anos, vários estudos clínicos randomizados com pouca qualidade metodológica e resultados controversos têm sido publicados investigando os efeitos da Curcuma longa em diversas condições, como psoríase, diabetes, úlcera, gengivite, síndrome do cólon irritável, depressão, vaginose, entre outros. Algumas revisões sistemáticas estão em andamento, o que poderá favorecer o julgamento do benefício. Até o momento, foram publicadas revisões sistemáticas sobre o efeito da curcumina na osteoartrite¹ e na colite ulcerativa²

Observação do uso clínico em Florianópolis: Espécie muito utilizada como condimento alimentar. Nos últimos anos, tem sido relatados bons resultados no uso da cúrcuma para problemas osteomusculares (artrites, artroses, tendinites).

MODO DE USAR

Uso interno: utilizar os rizomas (raízes) frescos e desidratados como tempero de alimentos. São também comercializadas em farmácias e lojas especializadas cápsulas contendo os rizomas desidratados.

Tintura: na proporção de 1:10 em álcool 70% deixar repousar por 15 dias em vidro escuro e lugar protegido da incidência direta da luz solar. A tintura é recomendada pela ANVISA como auxiliar no alívio dos sintomas dispépticos (tais como sensação de plenitude, flatulência e digestão lenta) como colagogo, colerético e auxiliar em afecções inflamatórias³.


Dicas culinárias: Para se obter o pó de cúrcuma deve-se lavar os rizomas, fatiar e depois secar (estufas ou lâmpadas incandescentes). O rizoma também podem ser ralados frescos. Pode ser utilizado para temperar purê, arroz, pipoca, carne, queijo, manteiga e mostarda. As folhas da cúrcuma podem substituir o papel laminado, servindo para embrulhar o peixe para assar4.

CUIDADOS NO USO DESTA ESPÉCIE

Ouso desta planta pode provocar interações com várias classes de medicamentos (ver no tópico “interações medicamentosas”).

Evitar o uso em gestantes e lactantes.

Deve ser evitada a exposição solar excessiva quando do uso do produto.

Não deve ser usado em altas doses junto com medicamentos anticoagulantes ou antiplaquetários³.

Interações medicamentosas: Pode potencializar efeitos adversos de anti-inflamatórios não esteroidais, fármacos antiagregantes, anticoagulantes, antidepressivos, anti-dislipidêmicos, antipsicóticos, antitumorais.


O especialista em plantas medicinais Alésio dos Passos Santos comenta sobre o açafrão.






Referências

1. ONAKPOYA, I. J., et al., (2017). Effectiveness of curcuminoids in the treatment of knee osteoarthritis: a systematic review and meta analysis of randomized clinical trials. International journal of rheumatic diseases, 20(4), 420-433.

2. ONAKPOYA K., et al., Curcumin for maintenance of remission in ulcerative colitis. Cochrane Database of Systematic Re- views 2012, Issue 10. Art. No.: CD008424. DOI: 10.1002 / 14651858.CD008424.pub2.

3. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira Primeiro suplemento. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: ANVISA, 2018. Página 34.

4. Kinupp, V. F., & Lorenzi, H. J. (2014). Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda.

5. FLORIANÓPOLIS (SC). Secretaria Municipal de Saúde. Guia de Plantas Medicinais de Florianópolis. 2019.

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