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Malva - Malva parviflora L.

Atualizado: 8 de jan. de 2021

Também conhecida como malda-de-dente.




Características botânicas: Malva parviflora é uma planta herbácea, amplamente cultivada em hortas domésticas e possui um ciclo de vida relativamente curto. A espécie pode ser propagada por sementes, que a planta fornece após completar seu ciclo reprodutivo e desaparecer. Existem outras plantas conhecidas popularmente por “malva” pelas comunidades, como a Malva sylvestris e algumas espécies do gênero Pelargonium. 

Uso popular: A malva é empregada pela população em inflamações das gengivas, do aparelho genital feminino, dos rins e intestino. Segundo a medicina popular, a planta tem bom efeito sobre hemorróidas e cistites, tem ação laxante e sua mucilagem possui atividade anti-inflamatória e protetora da pele e das mucosas digestiva e respiratória. É relatado para a espécie bom efeito em gripes, faringites, enfisema e asma, por sua ação expectorante. Auxilia o tratamento de úlceras gástricas, sendo ainda usada para furúnculos, como cicatrizante de feridas e picadas de insetos. Externamente, é empregada em inflamações e corrimentos vaginais.

Informações científicas: Estudo clínico realizado em humanos mostrou que o extrato aquoso das flores de malva apresenta potencial para o tratamento da constipação¹, e efeito protetor urinário em pacientes com câncer de próstata submetidos à radioterapia². Estudo pré clínico realizado em animais demonstrou potencial hipolipemiante e hipoglicemiante para ácidos graxos extraídos das partes aéreas da M. parviflora³. As evidências encontradas em estudos in vitro são acerca do potencial antibacteriano4,5 de frações extraídas das raízes da espécie contra bactérias Gram positivas (B. subtilis, S. aureus) e Gram-negativas (E. coli).

Observação do uso clínico em Florianópolis: O uso da infusão preparada com as folhas da M. parviflora tem boa resposta para casos de infecções de boca (gengivites e aftas), vulvovaginites e dermatoses.


MODO DE USAR

Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das folhas secas ou até 6 folhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas. Uso externo: Utilizar a infusão preparada com as folhas secas e frescas para uso tópico na forma de bochechos e gargarejos para gengivites, aftas e na forma de banho de assento em casos de vulvovaginites.

CUIDADOS NO USO DESTA ESPÉCIE

Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas o uso concomitante desta espécie vegetal com outros medicamentos deve ser cauteloso (ver no tópico “interações medicamentosas”).

Deve-se evitar o uso interno na gestação e lactação e em crianças menores de 02 anos.

O especialista em plantas medicinais Alesio dos Passos Santos comenta sobre a malva.



Referências

1. ELSAGH, M., et al., Efficacy of the Malva sylvestris L. flowers aqueous extract for functional constipation: A placebo-con- trolled trial.". Complementary therapies in clinical practice 21.2 (2015): 105-111.

2.  MOFID, B., et al., Preventive effect of Malva on urinary toxi- city after radiation therapy in prostate cancer patients: A multi- centric double-blind randomizedclinical trial." Electronic physician 7.5 (2015): 1220.

3.  GUTIÉRREZ, R. M. P., Hypolipidemic and hypoglycemic activ- ities of a oleanolic acid derivative from Malvaparviflora on strep- tozotocin-induced diabetic mice. Archives Of Pharmacal Re- search, [s.l.], v. 40, n. 5, p.550-562, 10 dez. 2016. Springer Nature.

4. TADEG, H et al. Antimicrobial activities of some selected traditional Ethiopian medicinal plants used in the treatment of skin disorders. Journal Of Ethnopharmacology, [s.l.], v. 100, n. 1-2, p.168-175, ago. 2005. Elsevier BV.

5.  SHALE, T.l.; STIRK, W.a.; VAN STADEN, J. Variation in an- tibacterial and anti-inflammatory activity of different growth forms of Malva parviflora and evidence for synergism of the anti-inflammatory compounds. Journal of Ethnopharmacol- ogy, [s.l.], v. 96, n. 1-2, p.325-330, jan. 2005. Elsevier BV.

6. FLORIANÓPOLIS (SC). Secretaria Municipal de Saúde. Guia de Plantas Medicinais de Florianópolis. 2019.

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