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Melissa - Melissa officinalis L.

Atualizado: 1 de fev. de 2021

Também conhecido como cidreira, erva-cidreira, erva-luísa, limonete e chá-de-tabuleiro.


CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS: Melissa officinalis é uma planta aromática, herbácea, perene e nativa da Europa. Devido ao seu largo uso como planta aromática e medicinal é amplamente cultivada em hortas domésticas no sul do Brasil. A espécie pode ser propagada por estacas produzidas a partir dos seus ramos ou por divisão de suas touceiras e o seu cultivo pode ser realizado em locais com incidência direta de sol ou à meia sombra. Deve-se observar que existem diversas outras plantas utilizadas pela comunidade com o nome popular de “cidreira” ou “melissa”, o que pode causar confusão em relação a sua identificação botânica.

Uso popular: A infusão das folhas e ramos da planta são usadas como calmante, sedativo e para aliviar sintomas de dores de cabeça, dores de dente, pressão alta, reumatismo, estados gripais, palpitações, distúrbios gastrointestinais e menstruais. Também é utilizada para uso tópico para diminuir rachaduras das mamas e em picadas de insetos. A melissa é usada ainda na culinária como tempero ou como aromatizante de doces e licores. A planta é usada também em perfumaria e na produção de fitoterápicos utilizados pela população. Informações científicas: Estudos clínicos preliminares em humanos demonstram efeitos promissores em casos de herpes simples1,2,3.Estudo clínico randomizado, duplo cego e placebo controlado, com 116 participantes, mostrou a eficácia do creme tópico preparado com o extrato das folhas (droga/extrato 70:1) e creme base em pacientes com infecções de herpes simples na pele ou em mucosas¹. Estudo clínico randomizado controlado em pacientes com doença de Alzheimer leve a moderada, demonstrou melhora na agitação4. Observação do uso clínico em Florianópolis: O uso da infusão preparada com as folhas da M. officinalis tem boa resposta como calmante e ansiolítico. Utiliza-se o infuso desta planta também para aliviar sintomas de gripes e resfriados e para uso externo em sintomas de herpes simples, fazendo-se a compressa local nas feridas com a maceração a frio e, concomitantemente, tomando-se o chá das folhas.

MODO DE USAR Uso interno:

1. Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das folhas secas ou até 6 folhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar e esfriar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas.

2. Tintura: Utilizar 20 gramas das folhas rasuradas para 100 ml de álcool etílico 45% a 53% e armazenar em vidro escuro protegido da umidade e da luz. Tomar 2 a 6 ml da tintura, diluídos em 50 ml de água, três vezes ao dia. A indicação dessa tintura é como auxiliar no tratamento sintomático da ansiedade leve e insônia leve, bem como para o alívio de sintomas gastrintestinais leves, incluindo distensão abdominal e flatulência 5.

Uso externo: Utilizar a infusão para uso tópico local diretamente em lesões decorrentes de herpes labial. CUIDADOS NO USO DESTA ESPÉCIE Esta espécie apresenta interações com algumas classes de medicamentos. (Ver na seção “Interação Medicamentosa”). Evitar o uso em gestante, lactantes e crianças menores de 4 anos. Evitar o uso empessoas com hipotireoidismo. Evitar o uso durante atividades que exijam concentração, como dirigir ou manusear máquinas. Utilizar cuidadosamente empessoas com hipotensão arterial5. Em relação à tintura, não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação.  Uso não recomendado empessoas com úlcera gastroduodenal, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, hepatopatia, epilepsia e doença de Parkinson. É contraindicado empessoas com glaucoma e hiperplasia benigna de próstata. Pode aumentar o efeito hipnótico do pentobarbital e hexobarbital5. Interações medicamentosas: Pode causar efeito sedativo aditivo quando associada a ansiolíticos e sedativos. Pode interagir com barbitúricos, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e medicamentos usados para o tratamento da tireoide. Deve-se também observar o uso concomitante aos antirretrovirais6.


O especialista em plantas medicinais Alésio dos Passos Santos comenta sobre o cidró.


Referências

1. VOGT, M., et al., Melissa extract in herpes simplex: A double- blind placebo-controlled study. Der Allgemeinarzt 1991; 13:832-841.

2. WOLBLINGW, R. H. and Milbradt, R., Clinical manifestations and treatment of Herpes simplex infections. Therapiewoche 1984;34:1193-1200.

3. WOLBLINGW, R. H. and Leonhardt, K., Local therapy of her- pes simplex with dried extract from Melissa officinalis. Phytomedicine 1994;1:25-31.

4. AKHONDAZADEH, S., M. Melissa officinalis extract in the treatment of patients with mild to moderate Alzheimer’s dis- ease: A double blind, randomiZed, placebo controlled trial. J. Neurol. Neurosurg. Psychiatry 2003;74(7):863-866.

5. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. For- mulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira Primeiro suplemento. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: ANVISA, 2018. Página 60.

6. NICOLETTI, M.; et al., Fitoterápicos–Principais Interações Medicamentosas. São Paulo: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS- Brasil, 1ª edição (2012). 7. FLORIANÓPOLIS (SC). Secretaria Municipal de Saúde. Guia de Plantas Medicinais de Florianópolis. 2019.

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