Também conhecida como sempre-viva, caaponga, carrapichinho, quebra-panela, cabeça-branca, ervanço, nateira, doril e terramicina.
Características botânicas: Planta herbácea, perene, muito ramificada com até 1,5 m de altura. Suas folhas são inicialmente verdes e com o desenvolvimento da planta a coloração vai mudando para a cor roxa, o que a torna muita utilizada para fins ornamentais. A espécie ocorre de forma espontânea em Florianópolis e sua propagação pode ser realizada facilmente por
divisão das suas touceiras, podendo ser cultivada a pleno sol ou à meia sombra. Esta espécie é muito designada popularmente com o nome de diferentes antibióticos (penicilina, terramicina, neomicina).
Uso popular: A infusão de suas folhas é utilizada como anti-inflamatória, diurética, digestiva e depurativa. O banho preparado com as folhas é utilizado para aliviar processos inflamatórios decorrentes do “deslocamento de osso”. As partes aéreas são empregadas em estados infecciosos do trato respiratório; e as flores, contra tosse. Segundo as comunidades da Ilha de Santa Catarina, é indicado o uso interno do infuso das folhas em estados gripais. Externamente, é usada para gargarejos em caso de inchaço e inflamação da boca e da garganta, para lavar feridas,micoses e para corrimento vaginal. Informações científicas: Estudo pré-clínicos em animais, com o extrato aquoso das partes aéreas, mostrou potencial anti-inflamatório e analgésico em modelos experimentais¹. Outro trabalho mostrou efetividade para tratamento de feridas decorrentes de queimaduras². Observação do uso clínico em Florianópolis: O uso externo da infusão preparada com as folhas tem boa resposta como vulnerária, para lavar feridas e lesões herpéticas, e pode ser usada também em afecções da orofaringe, infecções urinárias e em vulvovaginites. MODO DE USAR Uso externo: Infusão preparada com 4-6 folhas vermelhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, utilizar para uso tópico em feridas e machucados e na forma de gargarejo em caso de inflamações de garganta. CUIDADOS PARA O USO DESTA ESPÉCIE Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas desta espécie, o seu uso concomitante a outros medicamentos deve ser cauteloso (ver no tópico “interações medicamentosas”). Evitar o uso em gestante, lactantes crianças menores de 6 anos. O uso interno desta planta ainda não tem a sua segurança estabelecida.
O especialista em plantas medicinais Alésio dos Passos Santos comenta sobre a penicilina-perpétua-do-brasil.
Referências
1. FORMAGIO,E.L., et al., Evaluation of the pharmacological activity of the Alternanthera brasiliana aqueous extract. Pharmaceutical Biology. Nov 50:11,1442-1447.2012.
2.BARU, C. C., et al., Effect of Alternanthera brasiliana (L) Kuntz e on healing of dermal burn wound. Indian Journal of Exp.Biol.2012Jan;50(1):56-60.
3. FLORIANÓPOLIS (SC). Secretaria Municipal de Saúde. Guia de Plantas Medicinais de Florianópolis. 2019.
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