Também conhecido como poejinho ou menta.
Características botânicas: Planta perene e aromática que cresce melhor em solos bastante úmidos nas bordas de matas. Floresce e frutifica de setembro a dezembro e possui talos decumbentes, de aproximadamente 1m de comprimento,muito ramificados. Espécie de fácil cultivo,muito comum em todo o sul do Brasil.
Uso popular: É utilizada na medicina tradicional desde nossos antepassados indígenas. Consta somente na 1ª edição da Farmacopeia Brasileira (1926). Sua infusão é usada como antiespasmódica, anti-febril e em afecções respiratórias e digestivas. Atualmente, seu emprego é muito difundido na medicina popular do sul do Brasil, sendo uma das plantas medicinais nativas mais cultivadas nas hortas domésticas e uma das mais comercializadas de modo informal.
Informações científicas: Não foram encontrados estudos clínicos e pré clínicos para esta planta. Devido seu largo uso popular é necessário a realização de trabalhos que busquem avaliar o uso seguro desta espécie.
Observação do uso clínico em Florianópolis: O uso da infusão preparada com as partes aéreas das duas principais espécies conhecidas como poejos gera boa resposta nos sintomas de infecções das vias aéreas superiores (tosse, nariz entupido).
MODO DE USAR
Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das partes aéreas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas. Crianças a partir de 4 anos devem utilizar apenas ½ colher de sobremesa das partes aéreas para a infusão.
CUIDADOS PARA O USO DESTA ESPÉCIE:
Devido à falta de estudos sobre interações medicamentosas desta espécie, o seu uso concomitante a outros medicamentos deve ser cauteloso(ver no tópico“interações medicamentosas”).
Não fazer uso interno da infusão e do óleo essencial em gestantes e lactantes e crianças menores de 4 anos.
Devido à presença do composto mentofurano¹,² sugere-se cautela no seu emprego.
Em razão do uso popular muito frequente e dos efeitos atribuídos aos componentes de seu óleo essencial, é uma espécie que merece ser estudada, visando avaliar a eficácia e a segurança do seu uso.
Referências
1. AITA, A. M.; et al.. Espécies medicinais comercializadas como “quebra-pedras” em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia. v.19, n.2A, p.471- 477, Abr./Jun. 2009.
2. APEL, M. A. et al. Chemical composition and toxicity of the essential oils from Cunila species (Lamiaceae) on the cattle tick Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Parasitology Research, v. 105, n. 3, p. 863-868, 2009.
3. FLORIANÓPOLIS (SC). Secretaria Municipal de Saúde. Guia de Plantas Medicinais de Florianópolis. 2019.
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