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salva-da-gripe - Lippia alba (Mill.) N.E. Br.

Atualizado: 1 de fev. de 2021

Também conhecida como chá-de-tabuleiro, alecrim-selvagem, cridreira-brava, falsa-melissa, salva, salva-brava, melissa e cidreira.


Características botânicas: Planta perene, aromática e arbustiva, atingindo até 2 m de altura. Em Florianópolis, ocorrem dois quimiotipos comuns: o primeiro denominado popularmente de “melissa” com folhas e flores menores e caule com crescimento ereto e perpendicular ao solo (cespitoso), sendo esta planta, mais indicada em casos de ansiedade e insônia; e o segundo, denominado popularmente de salva ou salva-da-gripe com folhas e flores maiores, galhos prostrados lateralmente (decumbentes) indicada para problemas respiratórios. As espécies do gênero Lippia podem ser facilmente propagadas por estacas produzidas a partir dos seus ramos e facilmente cultivadas a pleno sol ou à meia sombra.


Uso popular: Planta utilizada na medicina popular como calmante, ansiolítica, antiespasmódica, emenagoga, carminativa, antiasmática, sudorífera, hipotensora, estimulante, aperitiva, e digestiva. Usada para aliviar cólicas, diarreia, dispepsia, estomatite, indigestão, flatulência, náuseas e vômitos. Indicada para enxaqueca, gripes e resfriados.


Informações científicas: Estudo clínico prospectivo não-controlado com grupo amostral de 21 mulheres demonstrou alívio nos sintomas de enxaqueca com o uso do extrato hidroetanólico das folhas¹. Estudos in vitro demonstram potencial antimicrobiano do óleo essencial²,³.

Observação do uso clínico em Florianópolis: A infusão das folhas do quimiotipo “salva” é utilizada internamente em sintomas de gripes e resfriados. A infusão das folhas do quimiotipo “melissa” é utilizada internamente em casos de insônia e ansiedade.

Uso regulamentado: A infusão de 1 a 3 g (1 a 3 colheres de chá) de suas partes aéreas em 150 mL (xícara chá) de água, é indicada para quadros leves de ansiedade e insônia, como calmante suave, cólicas abdominais, distúrbios estomacais, flatulência (gases), como digestivo, e expectorante. Está indicado para uso adulto e infantil; utilizar 1 xíc chá de 3 a 4x ao dia. 6


MODO DE USAR

Uso interno: Infusão preparada com 1 colher de sobremesa das folhas secas ou até 4 folhas frescas rasuradas para 1 xícara (200 ml) de água fervente, após abafar por 15 minutos, ingerir até 3 vezes ao dia por no máximo duas semanas.

Tintura: Existem diversos quimiotipos diferentes para L. alba. Para o quimiotipo geraniol/carvenona é descrita a produção de tintura com 10 gramas de folhas e flores trituradas para 100 ml de álcool etílico 70% armazenado em vidro escuro protegido da umidade e da luz. Para adultos, tomar de 3 a 6 mL da tintura, diluídos em 50 mL de água, duas vezes ao dia como auxiliar na prevenção da migrânea (enxaqueca) e como analgésico4.


CUIDADOS NO USO DESTA ESPÉCIE

Ouso desta planta pode provocar interações com várias classes de medicamentos(ver no tópico“interações medicamentosas”).

Evitar o uso em gestantes, lactantes e crianças menores de 6 anos.

Evitar o uso em situações que necessitem atenção e em trabalhos perigosos. Existe a possibilidade de interação sinérgica com sedativos (potencializar efeito calmante/sedativo).

Em relação à tintura, não usar em gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico.

O uso concomitante com paracetamol pode aumentar a toxicidade deste fármaco.

Não recomendado para pessoas com hipotensão arterial.

Doses mais elevadas podem provocar irritação da mucosa gástrica, devendo ser evitado em casos de gastrite e úlcera gastroduodenal4.


O especialista em plantas medicinais Alésio dos Passos Santos comenta sobre o capim-cidreira.



Referências

1. CARMONA, F., et al., Lippia alba(Mill.) N. E. Brown hy- droethanolic extract of the leaves is effective in the treatment of migraine in women. Phytomedicine, Volume 20, Issue 10,2013, Pages 947-950.

2.  MACHADO, T. F. et al.; The antimicrobial efficacy of Lippia alba essential oil and its interaction with food ingredients. Brazilian Journal of Mycobriology. 2014; 45(2): 699–705.

3. OLIVERO-VERBEL, J., et al.; Composition, anti-quorum sensing and antimicrobial activity of essential oils from Lippia alba. Brazilian Journal of Mycrobiology. 2014; 45(3): 759–767.

4.  BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira Primeiro suplemento. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: ANVISA, 2018. Página 56.

5. FLORIANÓPOLIS (SC). Secretaria Municipal de Saúde. Guia de Plantas Medicinais de Florianópolis. 2019.

6. BRASIL; MINISTÉRIO DA SAÚDE DAGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução de Diretoria Colegiada: RDC nº. 10, de 9 de março de 2010. Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2010.

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